Hoje se constrói um marco de esperança em uma época cheia de mazelas e transtornos políticos, sociais e humanos.
Em Haia, Holanda, o ex-líder sanguinário Slobodan Milosevic, morre de causas ainda não comprovadas. Entendo que sua morte, como a morte de quaisquer pessoas não pagam por sua perversão, covardia e tirania, mas seu desaparecimento nos deixa com um otimismo por dias melhores. Macedônia, Croácia, Bosnia-Hezergóvia, Monte Negro, Sérvia e Kosovo(área de controle da ONU), hoje vêm o fim de um tirano que não respeitou as diferenças do povo Iuguslávio, que viveu tanto tempo unido por mérito de uma política e atos do homem Iuguslavo que unificou essas terras após a segunda grande guerra, Joseph Broz Tito o General socialista amado pelo povo Iuguslavo e respeitado pelo mundo. As tiranias e covardias de Milosevic já foram registradas no propagandaderefrigerante no texto Guerralização.
Neste mesmo dia o Chile após o Governo de Lagos, com muito mais acertos do que erros, recebe pela primeira vez em sua história a posse de uma mulher para presidir pelos próximos quatro anos. Michelle Bachelet, uma médica socialista foi eleita com apoio do ex-presidente Lagos, tentando dar constinuidade ao seus trabalhos e redirecionando o Chile em um caminho de vitórias e conquistas, quando foi desviado abruptamente em 1973, políticamente com o assassínio de Salvador Allende no palácio La Moneda e dez dias depois, perde sua identidade maior, Neruda morre por não conseguir ver sua gente e sua terra sem sol e alegria no regime atroz de Pinochet.
Bachelet tem a missão se liderar o Chile neste novo momento da Améria Latina, O Brasil com Lula, A Argentina com Kirchner, A Bolívia com Morales, O Uruguai com Tabaré Vazquez, devem mostrar que mesmo com o estado governado por tendências socialistas podem fazer de seus países lugares melhores para se viver e afrontar a política arbitrária e dissimulada de Washington DC, confirmando um sonho de avanço sonhado por Che, JK e Celso Furtado, onde a América Latina possa se resconstruir após inúmeras explorações dando ao seu povo, sua identidade, história, trabalho e dignidade.
Nesta data se lembra dos atentados em 11/03/2004 em Madrid, que deixou a Europa com mesma sensação de insegurança que os EEUU, entretanto, foi o marco que inverteu as eleições da semana seguinte, onde Asnar vê Zapatero assumir a liderança até se tornar primeiro ministro, numa clara reprovação do povo Espanhol as políticas internacionais de Asnar de conivência com Washington. Hoje, temos que chorar e lembrar das vítimas de Pinochet, Milosevic e a mediocridade das políticas internacionais de alguns países, mas, para estas mortes não terem sido em vão é importante que não perdamos a capacidade de indignação e busquemos fazer de nossa rua, nosso bairro, nossa cidade um lugar melhor para se viver, onde a verdade, transparência e justiça sejam regras e não exceções.
2 comments:
Só para registrar o que já conversamos, ainda que um pouco: penso que era de capital importância o julgamento e a condenação de Milosevic em tribunal internacional. É um pouco daquela coisa do caráter pedagógico da pena, para o conjunto da sociedade - bem entendido. Seria de uma profunda relevância e simbolismo a manifestação mundial de repúdio aos crimes perpetrados por ditadores contra o povo dos Estados que dominam. A simples morte - e, particularmente, nas estranhas condições em que ocorreu - de Slobodan Milosevic produz uma nota de frustração. Sim, frustração.
Sim...estamos caminhando. Que venha o futuro!
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