A terra seca, árida, inexplorável
Um pouco d’água nas entranhas úmidas
Pensamento, terreno infértil, latifúndio improdutivo
De sementes incapazes de se fazer flor, folha ou sombra
A existência do homem, deplorável
A alegria de crianças brincando, contidas
A imaginação e a criação, estática, reprimida
A luta nobre, silenciosa, vívida, improrrogável
Marcada nos corpos e mentes como a dor
Aguda gera vida, virtual, vegetativa
Sem cultura, música, poesia e emoção
Cegos, surdos, mudos, pobres ignorantes
Humilhados, usurpados, generosos e tolerantes
Nós, figuras descartáveis de propaganda de refrigerante.
Media Luna é a estância onde viveu a família de Pedro Páramo, livro de Juan Rulfo que busca, uma forma especial e particularizada de compreender a totalidade das sociedades colonizadas na América Latina, estabelecendo na escrita um procedimento de identificação individual e social, em uma sociedade que tem, no conjunto de suas redes de sociabilidade, uma característica já quase que ficcional na investidura de seus entes enquanto atores sociais.
31.10.05
Está na Veja!!!
Extra, extra, extra, governo Cubano manda $ 3.000.000 para financiar a campanha de Lula a Presidência da República em 2002. A Veja como sempre faz, apresenta uma reportagem de capa, lógico, vermelha para satanizar o pobre governo, com fatos reais que serão comprovados quando o morto que disse ao informante, for depor na CPMI. É só convocar que ele vai!
Não sabe a Veja que do gaseoduto da Bolívia não passa apenas o óbvio, passa também coca para financiar a campanha de Lula.
As armas que o Menem vendeu nos idos do anos noventa também tinham como objetivo levar Lula ao poder.
O PRI Mexicano ficou no poder por setenta anos, aparelhado visando única e exclusivamente levar um zapatista (nordestino e analfabeto) ao poder no Brasil.
As dívidas do Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, São Paulo, Corinthians e Palmeiras, na verdade ocorreram em razão do desvio de receita para a campanha do PT de 2002.
O Atentado de 11 de setembro de 2001, foi uma manobra de Bin Laden, para tirar o foco das atenções do Brasil para o recebimento de dinheiro para a campanha de Lula. Abalaram as estruturas.
E na semana que vem, não percam em Veja, na íntegra, tudo sobre o roubo de R$ 160.000.000, do Banco Central de Fortaleza, realizado por Zé Valério e Marcos Dirceu, imagens feitas por um cinegrafista amador que passava as férias em fortaleza e foi ao banco realizar um saque e em punho com sua filmadora acompanhou tudo.
E também em Veja, acompanhe tudo sobre as beatificações de Antônio Carlos Magalhães, Jorge Bornhausen, Arthur Virgílio e José Agripino Maia, brasileiros honestos, que dedicaram sua vida em ajudar o próximo. Serão beatificados em vida pelos ardorosos exemplos de fidelidade ao voto de pobreza.
P.S. Bomba!!!!! Lula cobra comissão da venda de Robinho ao Real Madrid.
Image by Buratti, Rogério
30.10.05
Instantes
Se eu pudesse viver novamente a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido,
na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos,
viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas,
nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da vida,
claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida,
só de momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia
a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas.
Se voltasse a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e
brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas já viram, tenho oitenta e cinco anos e
sei que estou morrendo.
Jorge Luis Borges
Viejo Brujo
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido,
na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos,
viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas,
nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da vida,
claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida,
só de momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia
a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas.
Se voltasse a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e
brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas já viram, tenho oitenta e cinco anos e
sei que estou morrendo.
Jorge Luis Borges
Viejo Brujo
Movimentos
A consciência não tinha lugar
O habitat era sem destino
Nenhuma escolha senão lutar
Para os covardes puro desatino
Cometiam o crime de pensar
Para o país do futuro libertar
sonha Emannuel, chora Honestino
com gritos altos clandestino
Presos. Carne e sangue tuas armaduras
Mentes e corações tua lança
Amargura, Estado Maior das torturas
Num dia de sol, uma criança
Com sorriso aberto sem rasuras
Fiel Filho do Brasil Esperança.
Um Brasileiro
O habitat era sem destino
Nenhuma escolha senão lutar
Para os covardes puro desatino
Cometiam o crime de pensar
Para o país do futuro libertar
sonha Emannuel, chora Honestino
com gritos altos clandestino
Presos. Carne e sangue tuas armaduras
Mentes e corações tua lança
Amargura, Estado Maior das torturas
Num dia de sol, uma criança
Com sorriso aberto sem rasuras
Fiel Filho do Brasil Esperança.
Um Brasileiro
Desesperança
Quanto de minha dor é minha
Quanto de amor é uno
Quanto de minha esperança é vida
Quanto de mim é tudo
Quanto deste mundo é mundo
Quanto desta agonia eu tinha
Quanto destes valores definha
Quanto disso tudo é oportuno
Tudo potencialmente necessidade
Tudo prioritariamente poucos
Tudo belicamente felicidade
Sempre mediocremente todos
Sempre covardemente desigualdade
Sempre tudo ao Rei dos tolos.
Um Brasileiro
Quanto de amor é uno
Quanto de minha esperança é vida
Quanto de mim é tudo
Quanto deste mundo é mundo
Quanto desta agonia eu tinha
Quanto destes valores definha
Quanto disso tudo é oportuno
Tudo potencialmente necessidade
Tudo prioritariamente poucos
Tudo belicamente felicidade
Sempre mediocremente todos
Sempre covardemente desigualdade
Sempre tudo ao Rei dos tolos.
Um Brasileiro
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