16.11.12

Questão Árabe-Israelense


Como cidadão, advogado, professor de direito e judeu não posso me furtar a debater o tema que ganha à mídia por agora, mais um gatilho na arisca questão Árabe-Israelense.
Sempre, ao chegar no período eleitoral em Israel começa uma escalada do horror, não inadvertidamente isto ocorre. Fato claro e concreto é que esta escalada do horror cria uma sensação de insegurança em Israel, e essa sensação leva a votos cada vez mais à direita, cada vez mais para um caminho em sentido contrário à construção real e viável da paz entre palestinos e judeus.
A direita e a extrema direita de Israel não concebem nenhum esbouço de plano de paz que passe pela teoria dos dois estados. E isso, por si só, condenam mães judias e palestinas a enterrarem seus filhos nos últimos sessenta anos.
A questão Árabe-Israelense passa de forma essencial pela construção ideal do entendimento da teoria dos dois estados, não um de fato e outro de direito; não um dentro do outro. Mas, sim dois estados, igualmente autônomos, independentes, nacionais e livres.
Felizmente, a esquerda Israelense e parte do povo judeu não aceita a situação em que Israel se encontra, com flagrantes desrespeito aos direitos humanos e a situação de palestinos que se assemelham as condições, tão amplamente repelida pela humanidade, do holocausto na segunda grande guerra.
Sob outra ótica, não raro os judeus e Israelenses são esteriotipados em sua totalidade como apoiadores totais e incondicionais da atual situação em Israel. O povo palestino, assim como judeus e quaisquer outras religiões e/ou etnias têm o sagrado direito a sua existência livre e pacífica junto aos seus.
Aos desavisados e revanchistas podem surgir o contra-argumento do hamas e sua pregação de ódio aos judeus. O discurso só encontra guarida quando existem brechas nas condutas. O ódio aos judeus fica de fácil concretização quando mães e pais palestinos têm filhos mortos por esta guerra desumana. Igualmente, o ódio judeu aos palestinos surge quando do pai ou mãe judia enterra um filho.
A solução de dois estados é a única capaz de desarticular o ódio no médio oriente, a solução de dois estados pode maior dimensionar as relações amistosas entre Israel e Cisjordânia, fazendo com que a coexistência possa construir um modelo duradouro de paz. Do Hebraico Chesed v'Shalom Alechem - que a paz e a graça estejam com vocês e do Árabe As Salam Aleikum - que a paz esteja sobre vós.
 
 

22.8.11

Teimo em Existir !!!

A terra seca, árida, inexplorável
Um pouco d’água nas entranhas úmidas
Pensamento, terreno infértil, latifúndio improdutivo
De sementes incapazes de se fazer flor, folha ou sombra

A existência do homem, deplorável
A alegria de crianças brincando, contidas
A imaginação e a criação, estática, reprimida
A luta nobre, silenciosa, vívida, improrrogável

Marcada nos corpos e mentes como a dor
Aguda gera vida, virtual, vegetativa
Sem cultura, música, poesia e emoção

Cegos, surdos, mudos, pobres ignorantes
Humilhados, usurpados, generosos e tolerantes
Nós, figuras descartáveis de propaganda de refrigerante.

Transposição

O suor que mina na testa do sertanejo
Trabalho, fé, poço de desejo
Que nosso senhor ilumine cada homem
Para que nessa seca não passe fome

Com a chuva chega à felicidade
Na terra úmida semear a esperança
Com dias calmos como o sono da criança
Que nem faminta chora a realidade

A pele queimada do arado esperar
Um sinal dos céus para a terra preparar
Com fé que São José vem irrigar

As flores da lavoura como previsão
De colheita boa e rica, uma ilusão
Depois da fartura a farinha de mais um ano sem ação.

G-15: o norte para a cooperação sul-sul.

Nos anos de 2009/2010 a grande mídia questionou o fato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva receber em solo brasileiro o chefe de governo Iraniano Mahmoud Ahmadinejad. De pressões internas como a manifestação da comunidade judaica até a declaração da secretária de estado norte-americana Hilary Clinton que via com preocupação a visita do líder Iraniano ao Brasil. Uníssono, o coro questionava o fato de uma democracia consolidada como o Brasil, poderia está recebendo o representante de um regime opressor e manifestadamente violador dos direitos humanos.
Os não alinhados surge no auge da guerra da fria em oposição ao eixo de poder leste-oeste, optando os membros por não se atrelar de forma irreversível as nações polarizadoras (EEUU e URSS).
Entretanto é necessário analisar os últimos anos da guerra da fria e chegar até a IX cúpula dos não-alinhados ocorrida em 1989 em Belgrado, então Iugoslávia. Embora contando atualmente com 18 países e mantendo o nome ligado aos 15 primeiros signatários, o grupo apresenta países com lideranças regionais de importância estratégica.
Ao analisarmos a relação comercial do Brasil com o Irã nos anos do governo Lula da Silva teremos uma idéia da corrida nas exportações brasileiras para aquele país. Considerando que a exportações brasileiras para o oriente médio pouco ultrapassava a 2,3 bilhões de dólares, sendo o Irã o terceiro país da região que mais exportava produtos brasileiros, com aproximadamente 21% das exportações perdendo para Emirados Árabes e Arábia Saudita, primeiro e segundo respectivamente. Passados cinco anos, ou seja, a tabela de 2007 das exportações brasileiras para o oriente médio teria o seguinte desenho: A relação das exportações brasileira para a região chegara ao nível de 6,4 bilhões de dólares e a parceria com Irã alcançara a primeira colocação com um pouco mais de 28% dos valores das exportações para o oriente médio. Ou seja, a relação com o Irá chegou à sétima parte do comércio com a Argentina, nosso segundo terceiro maior parceiro comercial atrás da China e dos EEUU, e, de longe, nosso maior parceiro regional ou o dobro de nossas exportações ao Uruguai importante parceiro comercial brasileiro no mesmo período.
Observando a relação bilateral com Cingapura o movimento não é diferente, numa corrente de comércio de quase dois bilhões de dólares, o Brasil tem saldo positivo na ordem de dois terços. Entretanto devemos observar que o comércio com este país era incipiente. Deve-se ainda observar que nos anos de 2006/2008 o número do comércio bilateral chegou ao patamar de quase quatro bilhões recuando para os números de 2009.
Com o Egito novamente observa a mesma equação, no ano de 2003 tínhamos uma corrente próxima ao meio milhão de dólares. Os números de 2009 nos levam para uma corrente de comércio na ordem de 1,5 Bilhões de dólares com saldo, positivo brasileiro na ordem de 15 partes de exportação brasileira para uma parte de importação brasileira.
Os números quando se trata da Indonésia segue a ordem anterior, em 2003, a balança comercial trabalhava com uma corrente de quinhentos milhões de dólares, e, para números de 2009 observamos a prática de comércio na ordem de dois bilhões de dólares, merecendo atenção ao fato de nosso saldo oscilar entre positivo e negativa em pequena variação.
A equação de vascularização das relações internacionais nos últimos anos, considerando o marco 2003 se aplica de forma impressionante com o México, que historicamente desde 1810 mantemos relações com este país. Em 2003 estabelecíamos um balança favorável com corrente de comércio na ordem de 3,2 bilhões de dólares, elevando a mais de 6,0 bilhões em 2007 e 7,0 bilhões em 2008, entretanto com o efeito da crise construímos números em 2009 na ordem de 5,4 bilhões de dólares.
Com a apresentação destes números nos mostra que Irã e os demais líderes regionais não–alinhados fazem parte do portfólio do Itamaraty para estreitar relações e estabelecer metas comerciais positivas, vascularizando o comércio e diminuindo as dependência de agendas seculares com os EEUU e Europa.
Neste mesmo período o EEUU deixa de ser nosso maior parceiro comercial para ceder espaço aos chineses. Em se tratando de China saímos em 2003 de uma corrente de comércio na ordem de seis bilhões de dólares para 36 bilhões de dólares, registrando que mantivemos nestes últimos seis anos saldo positivo. Merece atenção ainda o fato do comércio entre estes dois países ainda se consolidar depois da assinatura do Plano de Ação Conjunta Brasil-China, quando da vinda de Hu Jintao para a II Cúpula do BRIC em Brasília.
Desta forma demonstramos que o comércio com o G-15 pode consolidar a política sul-sul do Brasil com base no conceito de multilateralismo de reciprocidade estabelecendo relações que visam o aumento de nossa capacidade de comercializar, bem como a possibilidade construção um ambiente ao sul onde as relações e comercio estabelecem regras de relação mais recíproca e menos protecionistas e desiguais do que às estabelecidas com o norte.
Por óbvio, a relação com Irã se ampara nesta lógica da relação sul-sul e na construção de metas relações bilaterais com os líderes regionais que se comportam no novo plano de forma não-alinhada, seja pela manutenção da posição da guerra fria, ou mesmo por esta posição ter construído ao longo dos anos uma lacuna entre os países, lógico sem esquecer o fator religião, mas por dever de ofício merece o destaque de que não esquecer o fator religião não significa o mesmo que considerá-lo apenas.

17.5.09

Luta! América Latina em Luto!

Em luto em razão da morte de Mario Benedetti, volto a escrever neste blog, não posso me furtar a reproduzir a voz deste Uruguaio que como poucos conseguiu dar vida ao sonho e ao pensamento latinoamericano, mesmo atacando o nobre ouvido europeu, mostrou com refinada e melódica destreza nossa condição de alicerce único para o desvairado surto megalomaníaco da Europa, suas conquistas, seus retrocessos e sua dívida eterna com nossa América Latina.
MARIO BENEDETTI? Presente!!!
"Aunque a oídos europeos esto suene a descartable utopía, solo el Tercer Mundo (...) puede salvar a Europa de su solead. No invadiéndola, claro, ni dándole riquezas que no necesitan intentando influir (...) en su desarrollo comunitario. El Tercer Mundo puede salvar a Europa del comsumismo salvaje, del fundamentalismo del dinero, de la mezquina insolidaridad, de la frivolidad del no compromiso, si golpea insistentemente en sus muros hastaromper su aislamiento y restablecer la comunicación entre lo mejor de sus pueblos y lo mejor de los nuestros. No importa que los gobernantes sigan en sus compartimientos estancos estudiando maastrichtología y subsidiaridad. La gente de aquí y de allá debemos hallar(o en su defecto abrir) vías de relación generosa aunque se al margen y a pear de los abusivos decididores. Quizá entonces comprenda Europa que no necesita ser más Europa sino más Mundo"
"Perplejidades de fin de siglo"Mario Benedetti, 1992

18.12.08

Senado da República: Se cercar é um hospício, se cubrir é um circo!

A cada dia o Brasil passa por provações na esfera política que exige de nós um esforço desumano para entender. A última, foi neste dia 18/12 no apagar da luzes do período legislativo, aprovaram uma PEC Paralela que cria mais de 7.000 postos de vereadores no país, com um impacto financeiro que assombra aos olhos de qualquer brasileiro honesto que trabalha muito para ter direito ao seu mísero salário. Serão mais 7.343 vereadores, ou seja, mais 7.343 cabos eleitorais de deputados e senadores que não recebem dinheiro desses, ao menos em tese, pois o poder público banca a promiscuidade.
Agora teremos que esperar o TSE manter a interpretação de que apenas ocorrerá tal mudança na legislatura que se inicia em 2013. É complicado levar a sério um país com este senado, é difícil levar a sério um país que nota esta palhaçada e nada faz para pressionar, é muito difícil levar a sério este grande circo de palhaços sem graça.
Não falta vereadores para aumentar, sobra vereadores sem carater, tem é que diminuir o números de vereadores e os valores de seus salários e verbas de gabinete.

7.12.08

O Vasco cai e o meu irmão fomenta o turismo regional

Como é de conhecimento de todos, o clube de regatas vasco da gama vai velejar em outra freguesia. Depois de um ano com um ataque animal, ou melhor, ruim mesmo, o time de São Januário (que hoje contou com o apoio do vaticano inteiro) sucumbiu ao time do vitória, com sua camisa preta e vermelha já aparecia com um mal presságio.
O meu irmão Júnior, que não entende muito de futebol, mas que é coerente, afinal agora só torce para time da segunda divisão (América de Natal e Vasco), já pensou em fomentar o turismo regional no ano vindouro. Chamou para sócio um grande amigo nosso, o Fawller, que ainda limpando as lágrimas dos olhos aceitou a proposta.
Eles criarão uma empresa de turismo com as iniciais de seus nomes aliada a novo mascote do vasco, o tatu. A empresa se chamará FAJUTATUR. A missão da empresa, já que por óbvio não tem visão, será a seguinte: "O Vasco dará a volta por cima. Mas, se desandar você dará uma volta no nordeste." A Empresa oferecerá viagens em ônibus confortáveis para o torcedor assistir os clássicos da segundona, que joga na terça. Vasco x ABC, Vasco x Campinense, Vasco x Ceará, Vasco x Fortaleza, Vasco x América e Vasco x Bahia.
Será o maior projeto de fomento de turismo regional no nordeste Brasileiro, mais um projeto do governo Lula. "Companheiro, meu coringão caiu, mas depois subiu. Já o Vasco depois de uma diarréia braba SIFU."
Meu irmão me confidenciou que o Vasco poderá ter dificuldades no ano que vem, por isso, torce para que seu novo ramo de atividade consiga crescimento rápido.
Caso o Vasco siga outro carioca, o Fluminense, poderá ir para a terceirona, aí a rota do nordeste melhora e o Vasco passará a jogar com o Studiantiis de Piancó, do atacante Muleta; Internassional de Caraúbas, do zagueiro Zé do Açougue; Atlétiko Garanhuzense, do armador Joel Olho de vidro, além de outros times mais tradicionais como Força e Luz, Ferroviária e o centenário Grêmio de Bayeaux daquele time campeão do torneio início da copa guarabira que jogava com Muro, capanga, vaqueiro e cabo; Loloca, balde e funil e na frente bafo de bode, caoio e Strabico (este vindo do futebol do Casaquistão), num esquema quatro, três, três histórico.
O mais importante é que nossos amigos da FAJUTATUR conhecerá o admirável mundo novo do futebol, nova cultura, como por exemplo a inexistência de arquibancadas só campo de várzea, por isso, subir em árvores e trepar ribanceira são boas técnicas para acompanhar os lances da segundona.
P.s1. Uma última informação, um amigo veterinário acabou de falar que um animal teve uma AVC, bem, um AV...foi um Acidente VASCOlar, o cerebro não foi encontrado na autopsia.
P.s2. Saiu o primiero adversário do VASCO. Será o Quixadá Sporting Clubing do rápido ponta esquerda Anú.
Um Abraço Irmãozinho e valeu Fawller.

25.11.08

Meia-Meia Entrada e os tucanos nos fazendo de palhaços

O movimento estudantil sempre foi um referência no Brasil, sobretudo pela importância nos anos de chumbo em nosso passado recente.
Vários foram os golpes sofridos pelo Movimento, mas sempre fortes, conseguimos nos reerguer e bradar aos quatro cantos que somos imortais na tese, pois sempre que tombar um militante, outro assumirá sua bandeira e a levará adiante.
O Sr. Serra, com certeza a maior vergonha da UNE, pois infelizmente o mesmo presidiu a entidade no congresso de 1963. Foi o responsável por derrubar o responsabilidade da identidade estudantil das entidades notadamente referências em movimento estudantil. UNE, UBES, UMES, UEE, DCE e Grêmio eram as entidades que faziam as carterinhas, depois disso a longa batalha para a meia entrada, sobretudo na gestão Fernando Gusmão, quando aumento significativamente o movimento pela regulamentação da meia entrada. Com um mês da inicativa do Sr. Serra, começou a multiplicar assustadoramente o número de entidades, para se ter uma idéia o Rio Grande do Norte, teve assustadoras 18 entidades estaduais aptas a fazer identidade estudantil, um assombro!!!
E como de praxe a tropa de choque do Sr. Serra foi escalada. O Senador Eduardo Azeredo PSDB/MG, padrinho político do Sr. Marcos Valério, propõe um projeto de lei criando cota de 40% de ingressos para serem utilizados para meia-entrada. A relatora dessa proposta tacanha foi outra tucana Marisa Serrano PSDB/MS, o mais inaceitável, que esta senhora é formada em pedagogia e letras, ex-secretária de educação em seu estado, ou seja, sabe da luta das entidades estudantis ao longo da última metade do século XX.
O triunvirato Serra, Azeredo e Serrano tenta fragilizar e acabar com o movimento estudantil histórico, àquele compromissado com as conquistas democráticas, necessitamos fazer um movimento sério e contudente contra esta proposta ultrajante.
O que está errado são as entidades de cunho escuso que fazem carterinhas como uma confecção, identidade estudantil matém movimento estudantil não é empresa que visa lucro e criou a figura do falso estudante. O revogação da manobra do Sr. Serra trás de volta as verdadeiras entidades estudantis e com elas os verdadeiros estudantes.
Lancemos um manifesto com um milhão de assinaturas, criemos um selo que atesta que àquela produção cultural é politizada e faz cultura engajada, por isso, não tem limites para meia entrada.
Me apavora a reação dos estudantes de hoje, sem qualquer cultura ou politização.
País do futuro?
Me poupe!!!

NAVEGAR É PRECISO!!!

Embora dúbia, esta frase consegue com clareza trazer à tona minha vontade de voltar a escrever um pouco de minha impressões do mundo. Confesso que estas impressões são totalmente fruto daquilo que me tornei enquanto um animal cultural construído, criado, fabricado. Não aquela visão cristã romântica que somos à imagem e semelhança de alguém. Enfim!!!
Navegar é necessário, mas, ainda mais importante, navergar requer precisão. Exige o estabelecimento de campo específico para que possamos apresentar uma impressão real. Não falei em correta, perfeita, científica. Apenas real, com todas as carecterística que circula sua órbita.
Saudações Cordiais!

Djamiro Acipreste

21.11.07

Chavez: Porque no te callas?

Sempre ao falar da esquerda na América Latina é imediata nossa lembrança história em Salvador Allende e Fidel Castro, mesmo existindo outros líderes que tentaram implementar medidas contrárias ao imperialismo onipresente do capital como Solano Lopez no final do século XIX, vítima da maior covardia bélica da história, infelizmente com apoio brasileiro, onde em conjunto com a Argentina e Uruguai seguiram os interesses da Inglaterra em destruir o único país que não se curvava ao império Inglês.
Após uma rápida tentativa de construção de um pensamento de esquerda no Brasil vimos que as reformas de base propostas por Jango e posteriormente por Tancredo Neves, numa breve experiência parlamentarista, não renderam frutos. E no cenário regional mergulhávamos em um tempo de regimes militares em todos os estados sul-americanos, com claro incentivo e interesse do EEUU, o que ficou chamado posteriormente de operação condor.
Em 1992 Chavez tenta um golpe de estado a frente de um contingente de 300 homens que cai após reação do das forças armada Venezuelana. Chavez fica preso por dois anos e depois disso é anistiado e volta à cena política como herói sendo eleito em 1998, Presidente da Venezuela.
Toma posse em 1999 e deflagra um movimento de reformas como nova constituinte e movimentos populares que fazem da “Quinta República” um movimento e modelo de gestão com alto índice de aclamação popular.
Após este cenário, começa uma reação no pensamento sul-americano, movimentado pela base intelectual de esquerda mundial que reunião anualmente em Porto Alegre no Fórum Mundial Social. Lula da Silva, Nicanor Duarte, Kirchner, Tabaré Vázquez, Rafael Correia, Alan Garcia, Michelle Bachelet, Evo Morales e Uribe, representantes de Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Equador, Peru, Chile, Bolívia e Colômbia repectivamente, todos estes vitoriosos nos embates em que venceram candidatos mais conservadores. Infelizmente o México não segue esta tendência em razão de numa eleição polêmica o candidato direitista Felipe Calderon vence o progressista de centro-esquerda Andrés Lopez Obrador. Mas, este tema merece uma análise mais aprofundada em um texto único, já com o fim da supremacia do PRI partido que governou o México por longos 70 anos.
Chavez com sua chegada ao poder tem demostrado uma tendência ao totalistarismo que Hannah Arendt define como: “...As técnicas de governo e os expedientes do totalitarismo perecem simples e engenhosamente eficazes. Asseguram não apenas um absoluto monopólio do poder, mas a certeza incomparável de que todas as ordens serão sempre obedecidas; a multiplicidade das correias que acionam o sistema e a confusão da hierarquia assegura a completa independência do ditador em relação a todos os subordinados e possibilitam as súbitas e surpreendentes mudanças de política pelas quais o totalitarismo é famoso. A estrutura política do país mantém-se à prova de choques exatamente por ser amorfa.”
Chavez aparece na mídia recentemente com medidas que rasgam a constituição que ele mesmo liderou o processo de revisão, criticando o imperialismo e depois atacando um ex-lider de um país que já fazem dois anos perdeu seu poder, o ex-premier Espanhol José Maria Asnar. Até que acaba vítima de uma frase do Rei Juan Carlos que acaba sendo a frase que muito se quer grita para o chefe Venezuelano. Após a ação infeliz no Chile, o Comandante Chavez é visto em cena a mistosa com o premier Iraniano Mahmoud Ahmadinejad, talvez o maior nome para a insegurança bélica, comercial e de mercado na atualidade.
As infelizes e reiteradas atitudes de Chavez, orientam o cenário nacional a Buscar Lula da Silva como interlocutor regional da América latina, fato de fácil observação em razão do presidente brasileiro ter aparecido como a maior liderança América, em uma pesquisa recente, vencendo Bush, Fidel e Chavez, por coincidência os três últimos na lista de nomes.
Claramente existem duas esquerdas na América Latina, uma comedida que mantém os acordos realizados anteriormente com uma conduta morna, mas segura de ações a curto, médio e longo prazo. E outra, totalitária, evasiva e que busca a criação de uma tendência movida a vendas subsidiadas de petróleo e gás com um plano fraco sem objetivos e carecedor de propostas sérias e ações delimitadas.
Desta forma, a esquerda Chavista, que orienta ao próprio e ao Sancho Pancho Boliviano tendem a perder espaço ainda mais para a forma menos radical e mais moderada nas relações internacionais lideradas por Lula da Silva.
Sendo prudente ressaltar que nem Nestor ou qualquer outra pessoa sabe que orientação será dada pela presidente eleita Cristina Kirchner na Argentina, uma pequena burguesa que sonha suplantar Evita e Isabelita no imaginário Argentino. Por isso, pode ter ações inconstantes visando liderar o processo no continente afrontando assim o espaço Brasileiro nas contendas regionais.