31.8.06

Uma parede, um homem e o tiro!

Não me resta mais nada
do que me encaminhar
ao paredão para fuzilamento
do senhor do tempo

O segundo eterno que
invento, lento
em meu passado
fotografias em minha retina
derradeira
contemplativa

Isso não causa medo
desilusão ou vergonha
A parede que me encara a cara
me é mais cara
Que o muro, obscuro onde
se lamenta a vida

Antes que meu olho pisque
pela última vez
Fito ao horizonte os olhos de meu algoz
que mesmo em superioridade
não verá estes olhos desesperados
Posto que, desespero me parece viver e não acreditar
no desvairio humano
desvairadamente humano

1 comment:

Gilberto said...

Será que não é hora de retomarmos a Confraria?