9.4.06

Que País é Esse?

O hábito de escrever é imprescindível na formação cultural, intelectual e política de qualquer cidadão e, como tal, apresenta um universo novo a ser explorado de forma a incutir o comportamento crítico, sobretudo nos debates e na formação da consciencia coletiva social.
O referido hábito porém pode se transformar numa necessidade incontrolável de buscar expressar pontos de vistas e até mesmo indignações sufocantes da realidade jurídica nacional.
Hoje curiosamente me choca duas notícias, que corrobora com a tese do judiciário/legislativo pelego e da advocacia marginal.
Morre a criança Arthur Blauth Schlobach Santos que tinha má formação do ventrículo esquerdo, durante toda sua vida, ou seja, quatro meses, o jovem Arthur lutou incansavelmente pela vida tendo durante seus quatro meses de vida mais procedimentos e seu pequeno corpo do que durante toda a vida da grande maioria dos brasileiros.
O que vitimou o forte Arthur não foi tão somente a má formação cardíaca, foi sobretudo a peleguisse do legislativo aliada a covardia crônica e ao autismo social do judiciário. O transplante que salvaria o aguerrido Arthur tinha a barreira legal como a única intransponível. A política de doação de orgão deve ter avanços, vejam vocês, o heróico Arthur precisaria de um transplante de uma criança com idade e peso parecidos, imagine a fila de espera esperando uma criança de quatro meses e um pouco mais de seis quilos que caíra de uma moto, ou foi a um baile funk e acabou vítima de bala perdida, ou vítima em um confronto de creches que tentam dominar a venda de leite na região. É inaceitável a mesma política para adultos e recém nascidos. Para o lutador Arthur ter chances ele deveria contar com um gama de criança em sua condições físicas com morte cerebral, o que é deveras raro. O ideal seria compromisso do judiciário em sanar esta querela, crianças anicéfalas não podem ter morte cerebral por questão óbvias, mas, pasmem caros amigos, não são caracterizadas como às que tem morte cerebral mesmo que seu futuros invariavelmente sejam os mesmos.
Ao terminar este domingo, nas últimas horas, vimos uma reportagem que nos enche de desesperança e revolta. Um dos advogados da Suzane Louise von Richthofen que responde processo pelo assassinato de seus país, ensaia com a assassina confessa para se portar de tal forma na frente das câmaras na entrevista, quando chorar, quando terminar a entrevista, que adjetivos usar quando se falar dos irmãos Cravinhos. O Advogado Mário Sérgio de Oliveira foi tido com o responsável pela encenação. É de crucial importância ver a autoria da encenação e cassar a OAB do referido advogado marginal.
Possivelmente iria terminar estas linhas com pessimismo mas, o exemplo do Brasileiro Arthur me obriga a teimar em acreditar que lugar de marginal é na prisão e de que em um futuro próximo tenhamos judiciário e legislativo em sua maioria de homens e mulheres digno de serem respeitados pelo carater e compromisso com o Brasil.